Uma nova diretoria da Clínica de Recuperação do Instituto Redenção, localizada em Areias do Meio, está desde abril formalizada e tem como diretor presidente Sandro Roldão Brasil e diretora administrativa Eliete de Souza (Lia).
Entre os diversos objetivos é colocar no máximo 40 residentes na comunidade. “Se colocar muitos não dá para trabalhar com eles direitos. O tratamento deve ter qualidade. Queremos trabalhar os dons dos garotos, cada um tem sua história, isso os ajuda. Com o Pedro foi assim, ele tocava violão e aqui conseguiu escrever um louvor. Quem sabe não grave um CD futuramente, eu mesmo posso fazer porque tenho um estúdio. Fico à disposição deles 24 horas por dia. Quando precisam, mesmo se tiverem saído da clínica, deixo meu celular e vou onde o ex-residente estiver. O período de tratamento é de nove meses, caso o residente tiver recaída e for embora, poderá fazer o tratamento, só que começará tudo de novo. A não ser que ele tenha feito mais da metade do tratamento. Implantaremos aqui também o RSA - Reflexão sobre Atitude. Eles ficam isolados por três dias. Não é uma punição, mas ele se sentirá castigado porque fez algo que não devia, sem agressão”, relata Sandro, hoje com 44 anos e 22 deles foi adicto em álcool (desde os 12 anos), inalantes, maconha, cocaína intravenosa (injetável).
Na era do crack
“Na época o crack não era tão disseminado, não cheguei a usar. Mas afirmo que perdeu-se o controle, porém, tratei pessoas que conseguiram sair dessa. O crack é a droga mais cara que existe porque os usuários usam uma pedra atrás da outra, o efeito é muito rápido”, afirma.
O diretor faz palestras para os residentes para conscientizá-los. “Aqui entra somente quem quer, não vou atrás de ninguém. Porque o tratamento começaria errado. Estamos aqui para mudar a estatística nacional e diminuir o número de usuários de drogas. Os usuários que não têm condições financeiras, não pagam”, finaliza.
Idealizador assume vice-diretoria administrativa
Em maio de 2008, o idealizador do projeto Antonio Rodrigues, também conhecido como Toninho, sempre buscou contatos para melhorar as instalações e manter a clínica. Trabalhava como diretor administrativo, mas acumulava funções. Ainda como diretor, recebeu a confirmação da inscrição no Conselho Municipal de Assistência Social, em que beneficiará o local. “Vou atrás dos benefícios porque quero ajudá-los a vencer esta batalha”, afirma Toninho que passou a assumir a cadeira de vice-diretor administrativo.
Segundo a atual diretora administrativa, Lia, Toninho fazia de tudo. “Foi necessário delegar poderes. A casa não estava conseguindo manter os gastos. Agora estamos pleiteando convênios em Governador Celso Ramos, São José, Biguaçu e Florianópolis”, conclui. Mais informações: 3296-2538.
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