segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Livro “Saragaço” será lançado em breve

Antonieta lançará mais uma obra literária

A escritora Antonieta Mercês da Silva colocou no papel mais uma de suas emocionantes e humorísticas obras literárias. “Saragaço” é o titulo do romance que deixará a imaginação dos leitores fluir. Com 160 páginas, a obra deve ser lançada em outubro.
Nascida em Canto dos Ganchos e Bacharel em Letras pela UFSC, já publicou o livro “Quando Despenca o Pampeiro” em 2004 e poesias no livro "A prosa e o Verso do Pescador" em 1989.
“Desígnio de corrida desordenada, alvoroço, barulheira — SARAGAÇO — expressão muito usada em Governador Celso Ramos é o título do romance impregnado de emoção, mistério e humor que ao narrar de um jeito engraçado, entre idas e vindas ao tempo, as memórias de uma jovem - senhora, que reencontra com a família após uma ausência de 40 anos. Junto às expressões, ditados e palavras que resistem ao tempo, Saragaço apresenta, também, a variedade lingüística comprovando que a língua não é um objeto totalmente estático. Foi muito divertida a criação dos personagens. Eles apavoram a minha mente com suas idéias e causos. Dediquei um carinho especial ao personagem tio Bento que em sua vida de rapaz ‘aprontou poucas e boas. Um homem de bom coração, “benzedor de mão cheia, dentista, muita gente saiu das mãos dele, banguela... mas livre da dor de dente”, comenta a bem-humorada Antonieta.


Acompanhe trecho da obra - capítulo 7.

BENTO: um santo que não comia galinha gorda, página 68, tio Bento conta a aventura que passou ao 'roubar' uma galinha para fazer uma ceata, dessa forma: [...] s’ajuntemo c’uma curriola e fumo lá no galinhero, quando o velho já tava num sono ferrado, nós fumo robá a galinha. Olha, nunca vi tanta imundice num pulero e nem uma galinha tão istepora. Male butê a mão por debaxo do balaio, tatiando pra garrá na asa dela, levê uma pinicada bem no calombo do cutuvelo, Isconjuro! Chegô a saí sangue, mas, que eu agarrê ela, o agarrê! A digramada da galinha fez um estrafego tão grande, tão grande que não sê como o velho não se acordô. Carquemo pelo cafizero afora que nem olhemo pra trás. Ela cacarejava que nem uma doida dibaxo do mo braço: “Có, có, có, có, có, có, cóóó!” Eu dava umas tapada na cara dela, mas não adiantava. Uma iscuridão que era uma barbaridade! Na carrera, nunca isqueço, eu dê um trupicão tão grande numa digramada d’uma pedra c’arranquê a unha do dedão do pé interinha. Mijei-me todo! Será que os rapaze riro de mim? Quis muê um a dente. " [...]

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